segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Atacante brasileiro é vítima de racismo na Rússia

A Federação Russa de Futebol iniciou uma investigação para apurar um incidente racista ocorrido no último sábado contra o jogador brasileiro Welliton. O incidente aconteceu durante um jogo da liga russa de futebol entre o Spartak de Moscou, clube de Welliton, e o Krylia Sovetov, na cidade de Samara.
Quando o atacante entrou em campo, no segundo tempo, torcedores do próprio Spartak teriam pendurado nas grades um cartaz com os dizeres: "a camisa 11 é só do Tíjonov. 'Monkey go home' (Macaco, vá para casa)", uma referência direta a Welliton, que desde que começou a jogar no time russo, há um mês, é o novo dono da camisa 11. O Spartak pagou ao Goiás US$ 6 milhões pelos direitos federativos do jogador.
Andrei Tíjonov, 36 anos, foi por muitos anos o capitão do Spartak e hoje joga como meio-campista para o Khimki, de Moscou.
"A UFR (Federação Russa de Futebol, na sigla em russo) está analisando o ocorrido, mas ainda não tomou nenhuma decisão, já que será preciso uma investigação profunda sobre o caso", disse um porta-voz da UFR à agência russa de notícias Itar-Tass.
Caso seja provado que o cartaz era racista, o Spartak, como prevê o regulamento da liga russa, deverá pagar uma multa de US$ 19,6 mil ou então jogar o próximo jogo em casa sem abrir para a torcida.
O jogador Mozart, outro brasileiro que atua no Spartak, disse que não percebeu as incitações racistas durante o jogo, mas admitiu que jogadores negros já foram vítimas de racismo dentro dos campos russos.
"Surpreende muito que isso tenha partido dos torcedores do nosso próprio time e que tenha sido contra Welliton, porque desde que ele entrou no time só tem recebido elogios", disse Mozart.
Esta foi a segunda partida de Welliton pelo Spartak, que mesmo sem marcar gols, tem feito boas atuações.
Desde 2003, as entidades que comandam o futebol da Rússia estão fazendo uma campanha para enfrentar o racismo no esporte - um problema crescente devido ao fluxo cada vez maior de jogadores estrangeiros em ação no país.
A cada ano, novos jogadores brasileiros são atraídos pelo altos salários pagos por clubes russos, que, acredita-se, podem girar em torno de US$ 100 mil (cerca de R$ 200 mil) mensais.
Hoje há vários brasileiros em pelo menos dois dos principais clubes russos e, aos poucos, o país parece caminhar para se tornar destino popular para jogadores brasileiros no exterior, a exemplo de Itália, Espanha, Portugal e Alemanha.
Cerca de 70 jogadores brasileiros passaram pelos clubes russos nos últimos dez anos.
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http://esportes.terra.com.br/futebol/europeu2007/interna/0,,OI1825943-EI9866,00.html

Racismo está fora de controle na Rússia .

MOSCOU (Reuters) - Ataques racistas acontecem na Rússia com uma regularidade impressionantemente alta e o governo está ignorando o problema, denunciou a Anistia Internacional (AI) em um relatório divulgado na quinta-feira.
Segundo o documento, qualquer pessoa que não tenha os traços étnicos de um russo corre perigo, independente de ela ser um estudante africano em São Petersburgo ou alguém do Cáucaso que tenta ganhar a vida em Moscou.
Crianças pequenas vindas do Tadjiquistão também foram vítimas de gangues formadas por jovens com idéias neofascistas. E ataques contra judeus parecem ter se tornado mais frequentes, afirmou o grupo.
Segundo a AI, entidades de combate ao racismo e até mesmo fãs de rap sofreram agressões por que os "skinheads", como são chamados os racistas na Rússia, os vêem como "traidores".
O relatório pode propiciar uma leitura desagradável para o presidente russo, Vladimir Putin, no momento em que ele se prepara para sediar uma cúpula do G8 (Grupo dos Oito) em São Petersburgo em julho, a fim de mostrar seu país como um Estado moderno e responsável.
"A penetração do racismo na Rússia é incompatível com o lugar do país no palco internacional e mina sua postura diante do mundo", disse em um comunicado Irene Khan, secretária-geral da Anistia Internacional.
INSEGURANÇA E RAIVA
A situação caótica que se seguiu à queda da União Soviética alimentou a insegurança sobre o lugar da Rússia no mundo e a raiva em relação à suposta ameaça representada pela imigração. Os grupos racistas multiplicaram-se.
A cidade de São Petersburgo é conhecida por ser palco de ataques. No mês passado, um estudante senegalês que saía de uma boate com alguns amigos foi morto com um tiro de espingarda na qual estava gravada uma suástica nazista.
É difícil transcorrer uma semana sem alguma notícia sobre um ato de violência racista. Nesta semana, em Moscou, adolescentes armados com correntes espancaram um russo quando ele tentava proteger seus sobrinhos mestiços.
O relatório da AI afirmou que até recentemente as autoridades não reconheciam os ataques como um problema. Os políticos ignoram a questão e a polícia ou deixa de investigar as agressões ou as investiga de forma inadequada.
Parte da população começa a se mobilizar, realizando passeatas pacíficas a fim de condenar os racistas e lembrar as vítimas da violência.
"Esses ataques violentos são uma das manifestações mais visíveis da intolerância e xenofobia arraigadas em muitos setores da sociedade russa", acrescentou Khan.
"Ainda assim, o fato de os crimes de ódio racial terem sido ignorados encorajou a disseminação da xenofobia extremista e do neofascismo no país".

http://noticias.uol.com.br/ultnot/reuters/2006/05/04/ult729u56376.jhtm

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

UE chega a acordo sobre criminalização da incitação ao racismo

Pela primeira vez em sua história, a União Européia chegou a um acordo quanto à imposição, em todos os países do bloco, de uma sanção mínima comum para o crime de incitação ao racismo e à xenofobia. A ministra alemã, Brigitte Zypries, que preside neste semestre o Conselho de Ministros, considerou o consenso "um importante sinal político para a UE".

Reunidos em Luxemburgo, os ministros da Justiça decidiram nesta quinta-feira (19/04) que estará sujeita a penas de até três anos de prisão a incitação à violência e ao ódio visando a uma pessoa ou a um grupo de pessoas em função de sua raça, cor, religião, ascendência, origem nacional ou étnica. Serão sujeitas a sanções também a negação e a banalização de crimes de genocídio, o que inclui o Holocausto. Alguns países, reportando-se à liberdade de expressão, conseguiram impor cláusulas especiais quanto ao tratamento a ser dado à manifestação de opiniões racistas ou xenófobas.

O acordo ainda não é definitivo, porque depende em sete dos países-membros da aprovação dos respectivos parlamentos.

http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,2448879,00.html

Relatório da UE denuncia falta de informação sobre crimes de racismo

O Centro Europeu de Observação de Racismo e Xenofobia (Eumc) denuncia, em seu mais recente relatório, a escassez de dados sobre discriminação na União Européia.
De acordo com o órgão europeu, torna-se cada vez mais difícil apreender os delitos de motivação racista. Entre os 25 países-membros da comunidade, apenas dois dispõem de um sistema abrangente de levantamento de dados neste sentido: a Finlândia e o Reino Unido.
No relatório deste ano, o Eumc exemplifica a discriminação na concessão de moradia, demonstrando que estrangeiros ainda são desfavorecidos nas ofertas de aluguel. No mercado de trabalho, a situação é semelhante.
O Eumc alerta que a discriminação no sistema educacional é uma prática comum na União Européia. O estudo enumera exemplos de atitudes racistas ou anti-semitas por parte de professores e a dificuldade de criar vagas de estágio para membros de minorias étnicas. A minoria romani é destacada como vítima freqüente de agressões racistas.

http://www.dw3d.de/dw/article/0,2144,2251244,00.html

Nascimento do Racismo !

As primeiras concepções racistas modernas surgem em Espanha, em meados do século XV, em torno da questão dos Judeus e dos Muçulmanos.Até então os teólogos católicos limitavam-se aqui a exigir a conversão ao cristianismo dos crentes destas regiões para que pudessem ser tolerados.Contudo, rapidamente colocam a questão da "limpieza de sangre" (limpeza de sangue).Não basta converte-los, "limpando-lhes a alma", era necessário limpar-lhes também o sangue. Só que acabam por chegar à conclusão que este uma vez infectado por uma destas religiões, permaneceria impuro para sempre. A religião determina a raça e vice-versa. No século XVI esta concepção é estendida aos Índios e Negros. Nenhuma conversão ou cruzamento destas raças, afirma o espanhol Frei Prudêncio de Sandoval, é capaz de limpar a sua natureza inferior e impura. A única cura possível, nestes casos, é o extermínio. Entre Sandoval e Adolfo Hitler existe uma linha de continuidade de ideias e práticas racistas (J.H.Jerushalmi).Ainda no século XVI, como refere Hannah Arendet surgirá na França uma outra concepção racista que será retomada por outros ideologos racistas mais recentes. François Hotman sustenta então que existia na França duas raças diferentes: a dos Nobres e a do Povo. A primeira de origem Germânica, era a raça dos fortes e conquistadores. A segunda a dos vencidos e antigos escravos. Trata-se de uma argumentação que procura sustentar em termos rácicos o poder e a supremacia da Nobreza em toda a Europa.A questão da violência em que assentava a escravatura, será um dos principais argumentos utilizados entre os séculos XVI e XVIII para a condenar.

http://alvaiazere11b.tripod.com/racismo.htm

Racismo e Dieitos Humanos

Declaração dos Direitos do Homem, elaborada no século XVIII, consagra a ideia da igualdade de todos os seres Humano, independentemente da sua raça, religião, nacionalidade, idade ou sexo. Diversos países desde então integraram estes princípios nas suas constituições, mas a verdade é que não retardaram em adoptar medidas restritivas à sua aplicação. A França, que simbolizou esta mesma Declaração, não tardou logo em 1804, em decretar a reintrodução da escravatura nas colónias e ao longo de todo o século XIX em proteger o tráfico clandestino dos negreiros.
Embora teoricamente todos os Homens fossem considerados iguais, desta igualdade foram excluídos os negros, os índios e todas as "raças" consideradas "selvagens", "incivilizadas", "primitivas", etc.
A razão que apresentavam era a seguinte: Estes possuíam hábitos de vida e uma cultura que os impossibilitava assumirem plenamente a condição de Homens (cidadãos). Daí que nas respectivas colónias a população fosse hierarquizada em função da sua aproximação ao ideal de Homem (cidadão) acima definido. O melhor exemplo desta situação é dado pelo E.U.A: apenas nos anos 60 do século XX, acabaram em todos os seus Estados as excepções legais à igualdade de direitos entre negros e brancos, o que não impediu que as desigualdades de tratamento tivessem continuado.
"A discriminação entre seres Humanos com base em raça, cor ou origem étnica é uma ofensa à dignidade humana e será condenada como uma negação dos princípios da Carta das Nações Unidas, com uma violação dos Direitos Humanos e liberdades fundamentais proclamadas na Declaração Universal dos Direitos Humanos, como um obstáculo para relações amigáveis e pacíficas entre as Nações, e como um fato capaz de perturbar a paz e a segurança entre os povos." Declaração sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação racial, ONU, 1963.

http://alvaiazere11b.tripod.com/racismo.htm

O que é o Racismo ?

O racismo é a tendência do pensamento, ou do modo de pensar em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras. Onde existe a convicção de que alguns indivíduos e sua relação entre características físicas hereditárias, e determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais, são superiores a outros. O racismo não é uma teoria científica, mas um conjunto de opiniões pré concebidas onde a principal função é valorizar as diferenças biológicas entre os seres humanos, em que alguns acreditam ser superiores aos outros de acordo com sua matriz racial. A crença da existência de raças superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e os genocídios que ocorreram durante toda a história da humanidade.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Racismo